Eu não quero ter carro


A subida de preço da gasolina em Curitiba teve mais repercusão nas redes sociais do que a chegada do calor "insuportável" de 30º (!) na cidade sorriso.

Como decidi parar de reclamar no Facebook - para ser um pouco diferente das pessoas comuns -, transferi minha frustração-expatriada para este blog, onde comentarei com os meus caros não-leitores, o quê eu penso sobre o tal assunto:

... válido é reclamar da falta de qualidade do transporte público da cidade em vez de queixar-se do preço da gasolina.

Lembrem que o transporte público é público e exigir melhoras ao Estado é um direito (eu diria até mesmo "dever") do cidadão. O posto de gasolina é uma entidade privada de algum cara que quer ficar rico às custas de um Governo que não faz bem o seu trabalho. O posto não tem nenhuma razão para cobrar um preço justo pelo seu produto ou serviço.

É claro que você pode fazer uma reclamação no Procon.. mas você sempre vai ser vítima de um empresário oportunista - nenhum Procon pode nos salvar disso.

O sistema público sempre será público, e nosso. É a diferença entre "público" e "privado". Só por isso deveríamos nos apropriar dele para sempre - ou pelo menos enquanto somos obrigados a pagar os impostos que mantém - ou deveriam manter - estes serviços vivos.


Das coisas que mais gosto de morar aqui desse lado do mundo é de ter a opção de não ter um carro. Reforço: não tê-lo como uma opção e não por falta dela. E isso só acontece porque os cidadãos espanhóis exigem os seus direitos e fazem com que os políticos cumpram os seus deveres.

Bem mais simples do que exigir que o dono do posto te venda gasolina barata. Não deveria ser?

0 comentarios:

Postar um comentário