Não gosto de generalizar, mas essa coisa almodovariana de espanhóis gritando e discutindo, utilizando palavras de baixo calão com naturalidade e ofendendo-se mutualmente pode ser bastante real.
Quem passa por este quase-blog sabe que eu sempre comento que aqui dizem "a tomar por culo" na TV, às 4 da tarde, sem pudor, medo ou vergonha. Eles falam "mierda" no ambiente de trabalho e utilizam expressões como "gilipollas" como quem diz que tá #chatiado. O volume médio da voz da galera também é bastante elevado, o que se nota imediatamente nos bares, restaurantes ou dentro do ônibus, quando você escuta a vida inteira da tiazona que tá falando pelo celular. Isso às vezes irrita, mas quando você acorda de bom humor, pode ser bem engraçado.
O legal é que eles expressam tudo, jogam pra fora, batem boca, lavam a roupa suja onde for. Gritaria e confusão no meio da avenida.
Hoje encontrei este post, que me fez, literalmente, chorar de rir. Talvez só seja engraçado pra quem mora ou morou aqui, porque é tão surreal que é até difícil acreditar que realmente acontece. Mas é assim: eles são tão, mas tão briguentos, que são capazes de dizer todos os palavrões e gritos para os seus vizinhos em pequenos cartazinhos colados nas paredes dos seus edifícios - além de destapar situações quase tão absurdas quanto os cartazes em si (clique nas imagens para poder vê-las em tamanho maior).
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Para os ladrões de papel higiênico, desejamos.... (mas antes, contamos nossa vida...) |
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"Pues no me has pillado" - "Você não me pegou" |

4 comentarios:
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Sandra, eles se jogam, falam o que pensam, gritam com paixão!
que bom que vc achou que consegui mostrar um pouquinho daqui neste post :)
um beijo!!!
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A paz de Cristo,gostaria de indicar meu blog:willian bugiga e o site:www.convertidos.com.br
A paz esteja em sua casa.
Eu li ontem o post pelo google reader. Estava no metro e ao meu lado havia um casal com mais de 50 anos que decidiam se continuariam o romance secreto, se contavam tudo ao marido dela, ou se fugiam ao Brasil, terra natal do senhor.
Essa foi a conversa mais surreal que já ouvi em um metro, que acho que são o catalizador de toda loucura das cidades grandes.
No caso de Madrid, a loucura é multiculural, transnacional e rompe com o clique que o amor é para jovens.
Com o ouvido na conversa, os olhos no seu post, eu me senti contaminada por Espanha em todos os sentidos.
beijos